O Governo não pagou o <i>Metro</i> que inaugurou

Mais de 80 por cento do custo do alargamento do Metropolitano de Lisboa, que passa a contar com estações no Aeroporto, na Encarnação e em Moscavide, foram assumidos pela própria empresa, através de empréstimos bancários, embora se trate de um investimento que deveria ser da responsabilidade do Governo. «Amanhã, a questão da dívida do Metropolitano será usada como desculpa para privatizar», pelo que deve agora registar-se o modo como foi criada e tem crescido a dívida das empresas públicas de transportes, comentou a célula do PCP no Metro.

Pelo mesmo motivo, uma delegação das organizações representativas dos trabalhadores desta empresa deslocou-se na segunda-feira, dia 16, à estação do Aeroporto, para simbolicamente exigir ao secretário de Estado dos Transportes que assinasse um cheque de 260 milhões de euros, a favor do Metro.

«Inauguram, mas não pagam» é o título do documento que os representantes dos trabalhadores entregaram a Sérgio Monteiro e no qual «exigem que o Governo compense a empresa pelo enorme esforço financeiro que esta suporta e que deixe de utilizar os problemas que daí advêm para justificar as medidas de destruição desta empresa pública».

O PCP exige que o Governo cumpra a lei e que pratique com as empresas públicas o mesmo critério que usa com as empresas privadas: assumir o investimento de longa duração em transportes públicos.

Tanto os ORT como a célula do PCP avisam ainda que o alargamento não foi acompanhado de medidas de reforço do pessoal e do material circulante, o que segue a linha de degradação da qualidade do serviço, a contrastar com a opulência patente nas novas estações.




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